segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Modalidades Esportivas




As modalidades esportivas para os portadores de deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol ( ABRADECAR, 2002). Apresentaremos algumas das modalidades esportivas, as mais conhecidas, que podem ser praticadas pelos deficientes físicos,








sendo:



Arco e flecha: Esta modalidade esportiva pode ser praticada por atletas andantes como amputados ou por atletas usuários de cadeiras de rodas como os lesados medulares. Todas as deficiências físicas podem participar desta modalidade esportivas, respeitando estas duas categorias, em pé e sentado. A participação em competições e o sistema de resultados são semelhantes à modalidade convencional olímpica.


Atletismo:


As provas de atletismo podem ser disputadas por atletas com qualquer tipo de deficiência em categorias masculina e feminina, pois os atletas são divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência, que competem entre si nas provas de pistas, campo, pentatlo e maratona. Esta é uma modalidade esportiva que sofre freqüentes modificações, visando possibilitar melhores condições técnicas para o desenvolvimento desta modalidade.


Basquetebol sobre rodas


é jogado por lesados medulares, amputados, e atletas com poliomielite de ambos os sexos. As regras utilizadas são similares à do basquetebol convencional, sofrendo apenas algumas pequenas adaptações



Bocha:


Esta modalidade esportiva foi adaptada para paralisados cerebrais severos. O objetivo do consiste em lançar as bolas o mais perto possível da bola branca.

Ciclismo:



Neste esporte participam atletas paralisados cerebrais, cegos com guias e amputados nas categorias masculina e feminina, individual ou por equipe. Pequenas alterações foram realizadas nas regras do ciclismo convencional, melhorando a segurança e a classificação dos atletas de acordo com sua deficiência, possibilitando adaptações nas bicicletas. Os atletas participam de provas de estrada, velódromo e contra-relógio.



Equitação:



Os deficientes físicos participam deste esporte apenas na categoria de habilidades. Para esto é necessário analisar os possíveis deficientes que podem participar.


Esgrima:

Este esporte é praticado por atletas usuários de cadeira de rodas como os lesados medulares, amputados e paralisados cerebrais em categorias masculina ou feminina. Estes atletas participam das modalidades de espada, sabre e florete, sendo provas individuais ou por equipes. Para participação em eventos competitivos todos os atletas são presos ao solo, possuindo os movimentos livres para tocar o corpo do adversário.


Futebol:


Nesta modalidade esportiva, sendo que o atleta portador de paralisia cerebral compete na modalidade de campo e o atleta amputado compete na modalidade de quadra. Alterações nas regras como o número de jogadores, largura do gol e da marca do pênalti estão presente.


Halterofilismo:



Esta modalidade esportiva é aberta a todos os atletas portadores de deficiência física do sexo masculino e feminino. A divisão de acordo com o peso corporal em 10 categorias.


Iatismo:

Todos os atletas deficientes podem participar, as modificações são realizadas apenas no equipamento e na tripulação, não havendo alterações nas regras da competição.


Lawn Bowls:



é um esporte similar a Bocha, sendo este aberto à participação de todas os portadores de deficientes físicas.




Natação:


As regras são as mesmas da natação convencional com adaptações quanto as largadas, viradas e chegadas. As provas são variados e os estilos abrangem os estilos oficiais. As competições são realizadas entre atletas da mesma classe. Podem participar desta modalidade esportiva portadores de qualquer deficiência, sendo agrupados os portadores de deficiência visual e os demais.


Racquetball:




Este esporte pode ser praticado por atletas paralisados cerebral, é possui características similares ao tênis de mesa.


Rugby em cadeira de rodas:


Esta modalidade foi adaptada para lesados medulares com lesões altas - tetraplégicos - que realizam um jogo com bola de voleibol com objetivo de marcar pontos ao fazer com que a bola ultrapasse uma determinada linha no fundo da quadra.



Tênis de campo:




Esporte realizado em cadeiras de rodas, independente do tipo de deficiência física que o atleta possua nas categorias masculina e feminina. As regras sofrem apenas uma adaptação em relação ao tênis de campo convencional, sendo esta que a bola pode quicar duas vezes, a primeiro pingo deverá ser dentro da quadra. As categorias são: masculino e feminino, individual e em duplas.



Tênis de mesa:


Deficientes físicos como o lesado cerebral, lesado medular, amputados ou portador de qualquer tipo de deficiência física pode-se participar desta modalidade esportiva, onde as provas são realizadas em pé ou sentado. As provas podem ser realizadas em duplas e individuais, sendo a classificação de acordo com o nível de deficiência. As regras sofrem poucas modificações, em relação ao tênis de mesa convencional.


Tiro ao alvo:




Esporte aberto a atletas com qualquer tipo de deficiência física do sexo masculino ou feminino, nas categorias sentado e em pé. As equipes podem possuir atletas de ambos os sexos e diferentes tipos de deficiência física. As provas podem ser realizadas utilizando pistola ou carabina.

Voleibol:




Poderá ser praticado por atletas Lesados medulares que participaram da modalidade de voleibol sentado e os amputados, que participarão desta modalidade em pé.

O Esporte Adaptado


A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular.
A prática de atividade física e/ou esportiva por portadores de algum tipo de deficiência, sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.
As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciado benefícios tanto na esfera física quanto psíquica.
Quanto ao físico, pode-se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de coordenação, coordenação motora, dissociação de cinturas, de resistência física; enfim, o favorecimento de sua readaptação ou adaptação física global (Lianza, 1985; Rosadas, 1989 e Souza, 1994). Na esfera psíquica, podemos observar ganhos variados, como a melhora da auto-estima, integração social, redução da agressividade, dentre outros benefícios ( Alencar, 1986; Souza, 1994; Give it a go, 2001).
A escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas aos portadores de deficiência física, da sua condição sócio-econômica, das suas limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais preparados para atende-los, dentre outros fatores.
Diversos autores como Guttman (1976b), Seaman (1982), Lianza (1985), Sherrill (1986), Rosadas (1989), Souza (1994), Schutz (1994) e Give it a go (2001), e ressaltam que os objetivos estabelecidos para as atividades físicas ou esportivas para portadores deficiência, seja esta física mental, auditiva ou individual devem considerar e respeitar as limitações e potencialidades individuais do aluno, adequando as atividades propostas a estes fatores, bem como englobar objetivos, dentre outros:





Melhoria e desenvolvimento de auto-estima, autovalorização e auto-imagem;
o estímulo à independência e autonomia;
a socialização com outros grupos;
a experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações;
a vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;
a melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
melhoria na força e resistência muscular global;
ganho de velocidade;
aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;
melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;
prevenção de deficiências secundárias;
promover e encorajar o movimento;
motivação para atividades futuras;
manutenção e promoção da saúde e condição física
desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária
desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.

A prática do karatê para pessoas em cadeira de rodas




Dentro dos esportes adaptados já praticados pelas pessoas com deficiência, nota-se que há pouco espaço para as artes marciais, tornando-se necessário desenvolver ou adaptá-las para esta população. Nesse sentido o ensino teórico-prático do Karatê para os usuários de cadeira de rodas, justifica-se por possibilitar ao deficiente mais uma atividade física a ser praticada, melhorando e proporcionando uma qualidade de vida as pessoas com deficiência através do Karatê.






Objetivo:








proceder uma análise das alterações fisiológicas agudas com a prática do Karatê, bem como a possibilidade das pessoas com deficiência, usuários de cadeira de rodas usufruírem da prática do Karatê adaptado melhorando sua qualidade de vida.


Metodologia: As aulas de Karatê adaptado foram ministradas durante 9 meses, 2 vezes por semana, sendo realizados 3 testes com intervalo de 3 meses a cada teste. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o questionário “escala para medida de satisfação com a vida (NERI, 1998). Realizou-se também avaliações para determinar a agilidade dos indivíduos em cadeira de rodas, sendo adotado o teste ziguezague de agilidade (Texas Fitness Test, adaptado por Belasco Júnior & Silva, 1998).



Resultados: Os voluntários obtiveram uma queda de 9,59% no tempo e de 14,28% na freqüência cardíaca do primeiro para o terceiro teste ziguezague de agilidade. Além disso, ao verificar a satisfação com a vida atual comparada com a do início das aulas de Karatê, observou-se que os sujeito passaram de "mais ou menos" satisfeito para "muito satisfeito" nos aspectos saúde mental, saúde física e capacidade física.

MODALIDADES ESPORTIVAS praticadas por portadores de deficiências visuais


EquitaçãoÉ dirigido para portadores de paralisia cerebral, deficientes físicos, visuais ou mentais. Os deficientes visuais recebem comando verbal de seus técnicos para que possam conduzir os seus cavalos através de uma série de obstáculos.





Natação Para deficientes visuais e deficientes físicos. Os nadadores têm a opção de largar do bloco de saída ou já de dentro da água, menos nas provas de costas e medley. Aos cegos, é permitido receber aviso do treinador quando estão se aproximando das bordas.




Goalball - Um Jogo para Deficientes Visuais e Cegos. O Goalball é um jogo praticado somente por pessoas cegas ou com visão reduzida. É jogado em um espaço com as mesmas dimensões de uma quadra de vôlei. No chão, as faixas são em auto-relevo, para que os jogadores se orientem pelo tato. A trave tem a mesma largura que a quadra. Os jogadores se posicionam dois nas laterais direita e esquerda, e o terceiro no centro da goleira. Os três jogadores têm a missão de defender toda a extensão do gol e de arremessar a bola com guiso (barulho) com as mãos, para assim, furar a defesa do adversário e fazer o gol.

Os benefícios do esporte para deficientes físicos


Praticar esporte é uma forma que os portadores de deficiência dispõe para redescobrir a vida de uma forma ampla e global. Previne as enfermidades secundárias à deficiência e ainda promove a integração social, levando o indivíduo a descobrir que é possível, apesar das limitações físicas, ter uma vida normal e saudável. Abraçar uma atividade física pode transformar o dia-a-dia de um atleta especial e ainda fazer bem para a saúde do corpo e da mente. Movimentar-se é a palavra de ordem. Não importa se o atleta tem como objetivo jogar profissionalmente ou de forma amadora. O importante é procurar uma modalidade esportiva que se adeque as condições e limites.




Benefícios físicos e psíquicos Praticar atividade física tanto por competitividade quanto por diversão pode trazer ao indivíduo benefícios físicos e psicológicos.


São eles:




Físicos:Agilidade, equilíbrio, força muscular, coordenação motora, resistência física, melhora das condições organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestório, reprodutor e excretor), velocidade, ritmo, possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição, prevenção de deficiências secundárias, promoção e encorajamento do movimento, desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária, entre outros.



Psíquica: melhora da auto-estima, aumenta a integração social, redução da agressividade, estímulo à independência e autonomia, experiência com as possibilidades, potencialidades e limitações, vivência de situações de sucesso e de frustração, motivação para atividades futuras, desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas, entre outros.É imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais. É preciso haver acompanhamento e muita atenção na hora de executar um movimento. É necessário respeitar todas as normas de segurança, evitando novos acidentes e o mais importante, estimular sempre o desenvolvimento da potencialidade individual.